28.1.09

Colonização

Imagina-se que o colonizador é um nobre aventureiro, pioneiro da humanidade, mas o que se mostra na realidade é que não é a tentação pela aventura, mas sim pela facilidade que o colonizador expande seu domínio. Com a colonização ocorre tanto por parte do colonizado quanto por parte do colonizador a variação em sua identidade, gerando um novo tipo de nação totalmente diferente das iniciais, o problema é que essa miscigenação cultural é desigual, no caso dos indígenas e africanos essa diferenciação é forçosa e prejudicial, pois os deixa marginalizados da sociedade e levando a perdas históricas. Enquanto que para os colonizadores ocorre o seu desenvolvimento, exaltam-se as características do colonizador e exprimem-se as características dos povos colonizados.
O colonizador é privilegiado “não-legítimo”na nova-terra, ele e o colonizado têm consciência de que é na verdade um usurpador da colônia, mas o colonizador pode acatar ao ideal de que esses povos primitivos não possuem valor moral e social, isso é principalmente abastecido pela religião que classifica esses povos como seres inferiores que necessitam de um auxílio para seu desenvolvimento social e diante a Divindade do povo conquistador.
Friedrich Ratzel (1844 – 1904) define a colonização não como apenas a conquista territorial, mas a valorização do território, levando a uma integração social e econômica entre Metrópole e Colônia por meio de uma nova definição de fronteiras e geração de um novo povo que açambarca tanto os conhecimentos do colonizador como do colonizado. Mas não é o que ocorre na realidade, o que acontece é a pura e simples conquista territorial, suprimindo toda a cultura local, essa é descartada e só é utilizados os bens materiais de fins lucrativos para a Metrópole.
O Brasil tornou-se um prolongamento territorial da Europa, econômico também quando passou a seguir os critérios portugueses de economia e sociedade. Colônia e metrópole se completavam em um único sistema colonial escravista. Porém em Moçambique a potência portuguesa não era tão intensa, se fragilizava principalmente com a produção, pois bens estritamente necessários para os portugueses eram dispensáveis em solo africano causando disparidades sócio-culturais e econômicas.

A Professora

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